O livro selvagem, de Juan
Villoro é um livro bonito. Digo bonito por tratar de algo que gosto muito, o
amor pelos livros. O personagem do tio Tito e sua paixão pelos livros me
convidaram a ler este livro. O protagonista, um menino que está enfrentando
algo comum: a separação dos pais. O amor adolescente, sincero e ingênuo entre o
protagonista e Catalina dá certa delicadeza ao texto. A procura pelo “Livro
Selvagem” que parece fugir dos personagens a todo instante faz o conflito da
história se delinear por grandes aventuras. A relação de afeto com o livro, às
vezes é um pouco exagerada, mas isso não torna o texto cansativo. A descoberta
de livros que mudam a história conforme o leitor é uma fantasia intrigante. Que
legal seria, se isso realmente fosse real, apesar de que cada pessoa tem uma opinião
diferente sobre algo lido. Gostei muito de uma parte do texto que transcrevo
aqui: “Cada livro é como um espelho, reflete o que você pensa.” Realmente,
quando lemos um livro nos identificamos com ele de acordo com o que estamos
pensando naquele momento. Por isso alguns livros amamos e outros detestamos. É
natural. O final da história é um
convite a escrita. Por que não cada um escrever a sua história, e fazer seu
próprio livro selvagem. Afinal, a vida é assim, uma enxurrada de
acontecimentos, como a história de vários livros. E certamente, como diz o
próprio autor do texto “os livros ficam melhores quando estão cercados de
vida”.
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