sexta-feira, 30 de março de 2012

Curso de Literatura e Múltiplas Linguagens - Christina Dias







Hoje iniciou mais uma edição do curso Literatura e Múltiplas Linguagens promovido pela Livraria Paulinas, em Porto Alegre. 
A escritora Christina Dias, com brincadeiras, muita poesia e exercícios práticos proporcionou aos participantes uma reflexão sobre estratégias de leitura. Falou sobre a importância da leitura ter um significado para a criança, jovem ou adulto. 
Aproveitei para autografar alguns livros, como sempre.
Sugiro a leitura do livro Criando Craca, publicado pela Editora Jujuba, com ilustrações de Ana Terra


quarta-feira, 28 de março de 2012

O Gato Rupertal ...

Esta história de Celso Sisto reune dois elementos que eu adoro: gato e poesia. O texto é leve, poético e ao mesmo tempo encantador. Literatura de alta qualidade, com belíssimas ilustrações de Martina Schreiner. Os alunos gostaram muito, se identificaram com o menino, viram em Rupertal seus próprios gatos. Uma maravilha! Melhor ainda é cantar com miados! Poesia pura! Melhor ainda pegar, acariciar e brincar com o próprio gato. Parece que a história salta a nossos olhos.
A história inicia assim:
"Era um gato. Gato mexeriqueiro.Gato fuçadeiro. Arteiro! Gato de quintal. O gato Rupertal.
 Punha o nariz em tudo que podia.Procurava coisas no vento. Era um
Gato fungante-sentimental."

Quer conferir o resto da história, procure nas Bibliotecas ou nas livrarias!
 

segunda-feira, 26 de março de 2012

O Gato Rupertal

Quem faz bonecas, também faz gatos. Por isso surgiu como que por encanto o Gato Rupertal, feito com muito carinho para abrilhantar as horas do conto. Este será um presente para o autor da história, Celso Sisto, que com esta história encantadora encheu de alegria meu coração.

sábado, 24 de março de 2012

Boneca "Tininha Cereja"




Mais uma boneca pronta para outra contação de história deste ano. Tive uma ajuda maravilhosa de meu marido e maravilhoso desenhista para finalizar o rosto, afinal a personagem tinha que ficar perto da ilustração maravilhosa feita por Ana Terra, para esta história com sabor de cereja, de Celso Sisto.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Oficina de Contação de Histórias com Celso Sisto

Mais um momento de aprendizado, convivência e compartilhamentto sobre a arte de contar histórias, com o escritor, professor e contador de histórias Celso Sisto. Atividades descontraídas, dicas especiais e momentos de debate fundamentais para melhorar meu trabalho. 
"A grande dica para ser um bom narrador de contos é ler muito; os livros, as placas, os gestos, as pessoas, a vida que vai em cada coisa. E não ter pressa: o contador de histórias tem que ter paixão pela palavra pronunciada e contar a história pelo prazer de dizer." (Sisto, Celso. Textos e pretextos sobre a arte de contar histórias. Chapecó-SC, Argos, 2001)

terça-feira, 13 de março de 2012

Carta de quem conta história


São Leopoldo, 10 de março de 2012.
                                              
Querida Ale
           
Hoje acordei com saudade. Saudade de sentar embaixo de uma árvore e comer frutas. Saudade de voar como as fadas, de Fernanda Lopes de Almeida. Saudade de correr, sem direção, como os meninos da Rua da Praia, do Caparelli. Saudade do chocolate que ganhava escondido do meu avô.
Lembra quando éramos meninas e criávamos tantas histórias? A briga para ver quem seria a Branca de Neve, a Bela Adormecida, a Chapeuzinho Vermelho? Claro que quase nunca chegávamos ao final da história da briga muito menos, até porque  mudávamos o enredo a toda hora. E por toda parte as histórias se misturavam sempre com a viagem de Alice em seu mundo mágico, que sempre nos encantou.
Aliás, depois que você me deu o livro do Betelheim entendi o porquê da minha adoração por ser a Branca de Neve e também por achar que as coisas poderiam cair do céu ou surgirem magicamente. Hoje vemos que não é bem assim, os príncipes não surgem do nada, quer dizer, as coisas não se materializam na nossa frente.
Parece que com o passar do tempo me sinto ainda mais na corda bamba  como em  Lígia Bojunga e, ao mesmo tempo, me sinto também mais arrogante e questionadora como a Emília de Monteiro Lobato.
Alguns dias atrás você me questionou sobre minha mudança de rumo, sobre não seguir a profissão que escolhemos juntas. Naquele momento só te respondi com uma frase: porque estava parando de sonhar, de viver. Você não me perguntou mais nada, ficou calada. Parece que agora está longe demais para dar algum palpite.
Agora, sinto-me segura para te dizer que tenho vontade é de escrever, como a Raquel, do livro “A Bolsa Amarela” que a mamãe me deu e lemos tantas vezes. Lembra que ela era cheia de vontades? Pois é, descobri que também sou. E descobri, principalmente, que, às vezes, conseguimos matar nossas vontades.
Hoje estou matando a saudade de você sempre por perto. Quando leio um texto para crianças lembro nossas eternas brincadeiras, me emociono. Ao ler Monteiro Lobato, Ruth Rocha, Ana Maria Machado, Bartolomeu Campos de Queirós, Celso Sisto e tantos outros, sinto que posso continuar a sonhar, e issome faz bem. Quero que você pense em mim como a menina que roubava livros, e que está em busca da liberdade. A liberdade da alma, do espírito, principalmente.
                                               Um grande abraço
                                                           Mil beijos cor de cereja para você!
                                                                                                          Mimi

segunda-feira, 12 de março de 2012

Os lugares de Maria

Uma contação sensível, bem dentro do mundo infantil. Assim defino a história da menina Maria, criação da escritora Margarida Botelho. A menina de seis anos que gostava de desenhar e criar histórias com seus desenhos. A personagem saltou do livro como num passe de mágica para brincar com as crianças.
 Confira parte da história:
"...
Maria sempre esteve rodeada de Marias, ou seja, de muitas mães.
O que Maria realmente gostava mais de fazer era de desenhar e pintar! Mas isso deixava a família  muito inquieta, às vezes...
É que Maria tinha alguma dificuldade em aprisionar as cores, as linhas, os pontos e pontinhos, nas folhas em que pintava. Quase sempre eles teimavam em saltar para fora dos retângulos de  papel, e partiam à descoberta do que estivesse mais próximo: mesas, livros, candeeiros, vestidos... até o Zarolho já tinha ido  para a casa da tia pintado de zebra. Maria gostava muito do Zarolho. Um dia, depois de uma longa e séria conversa de pintora para gato, resolveu pintar o olho que lhe faltava.
Mas parece que não deu muito resultado, porque o Zarolho continuou a não conseguir apanhar ratos e a esbarrar nos móveis da casa.
Maria também gostava muito dos três meninos que ficavam com ela na casa da Maria dos Anjos. Mas eles eram demasiado pequeninos para brincarem com ela. A única copisa que podia  fazer era pintá-los.    Pegava nos pincéis e desenhava cidades inteirasss nas suas barrigas branquinhas e lisinhas. Infelizmente estas pinturas não duraram muito tempo: Maria dos Anjos não gostou mesmo nada quando as descobriu, e os pais dos meninos a interrogaram sobre aquelas barrigas coloridas!
Maria sempre esteve rodeada de Marias, ou seja, de muitas mães.
O que Maria realmente gostava mais de fazer era de desenhar e pintar! Mas isso deixava a família  muito inquieta, às vezes...
É que Maria tinha alguma dificuldade em aprisionar as cores, as linhas, os pontos e pontinhos, nas folhas em que pintava. Quase sempre eles teimavam em saltar para fora dos retângulos de  papel, e partiam à descoberta do que estivesse mais próximo: mesas, livros, candeeiros, vestidos... até o Zarolho já tinha ido  para a casa da tia pintado de zebra. Maria gostava muito do Zarolho. Um dia, depois de uma longa e séria conversa de pintora para gato, resolveu pintar o olho que lhe faltava.
Mas parece que não deu muito resultado, porque o Zarolho continuou a não conseguir apanhar ratos e a esbarrar nos móveis da casa.
Maria também gostava muito dos três meninos que ficavam com ela na casa da Maria dos Anjos. Mas eles eram demasiado pequeninos para brincarem com ela. A única copisa que podia  fazer era pintá-los.    Pegava nos pincéis e desenhava cidades inteirasss nas suas barrigas branquinhas e lisinhas. Infelizmente estas pinturas não duraram muito tempo: Maria dos Anjos não gostou mesmo nada quando as descobriu, e os pais dos meninos a interrogaram sobre aquelas barrigas coloridas!..."
O resto da história você já sabe, é só procurar o livro na Biblioteca!
E para quem escutou a história não esqueça também de criar suas histórias, seus desenhos! Faça também suas caixas como Maria fez. Crie e viaje com suas histórias!