quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Contação de histórias na V Jornada Roessler - EEEM Pedro Schneider -São Leopoldo




"Rio dos Sinos- De todos e para todos": com este tema a Prefeitura de São Leopoldo deu início ontem a  V Jornada Roessler e I Semana do Rio dos Sinos. Hoje participei com uma atividade de contação de histórias para os alunos das séries iniciais da EEEM Pedro Schneider (Pedrinho). Contei a história "Mundo pra que te quero", de Salizete Freire Soares, com ilustrações de André Neves, e "A tartaruga e a fruta amarela" de Ricardo Azevedo.

Um pouco da história de Henrique Roessler:            "Roessler, o homem que amava o Sinos

Henrique Luiz Roessler (1896-1963) foi um dos mais importantes agentes da proteção à natureza no Rio Grande do Sul, antes da constituição de movimentos ecologistas no Brasil. Foi Delegado Florestal e Fiscal de Caça e Pesca, cargos que lhe permitiam autuar os responsáveis por contravenções à natureza em todo o Estado. Em 1955 fundou, em São Leopoldo, a primeira entidade não governamental de proteção ambiental do Rio Grande do Sul, a União Protetora da Natureza (UPN), da qual foi o primeiro e único presidente. Foi também o primeiro cronista ambiental do Estado, ao publicar cerca de 300 textos no jornal Correio do Povo, entre 1957 e 1963.

A relação de Roessler com o rio dos Sinos começou muito cedo. Suas margens foram palco de descobertas e aventuras ainda na infância, pois ele morava na Rua da Margem. Nos vapores dirigidos pelo pai na empresa da família - a Navegação Blauth, ele percorreu inúmeras vezes seu curso. Porém, quando adulto, percebeu que as águas ficavam cada vez mais poluídas, sintoma da industrialização sem planejamento. Tentando alertar as pessoas para a gravidade da situação, sua primeira crônica no jornal intitulou-se "Águas envenenadas nos nossos rios". Nessa crônica, Roessler denunciou a poluição de vários rios do estado, com destaque para o Sinos, pelo despejo de resíduos tóxicos "in natura" por diversas indústrias e curtumes. Era tão apaixonado pelo Sinos que, feito um pássaro, construiu seu ninho em cima de uma árvore, em uma das margens. Ali, numa casinha de Tarzan, ele pode desfrutar da companhia dos seres que mais amava, a esposa Thekla e a natureza viva, emoldurada pelas águas do seu querido rio." (Por Elenita Malta Pereira- doutoranda em História na UFRGS, biógrafa de Roessler)
Reportagem no Jornal VS de 14/11/2014:

Nenhum comentário:

Postar um comentário