Em homenagem ao Dia da Escrita, 27 de setembro, escritores do mundo escreveram sobre o seu dia. A intenção era fazer um diário do seu dia. O meu foi este aqui, maravilhoso e muito feliz!
São Leopoldo,Porto Alegre, Esteio /RS #27S15UB
Acordei com o despertar diário do celular. O dia seria cheio. Minha gata preta ronronava próximo ao meu rosto. Levantei com vontade de permanecer na cama mais alguns minutos, mas o compromisso era muito importante. Depois da rotina de banho, cremes, maquiagem, café da manhã, fui pegar o Trem para Porto Alegre. No Trem, como sempre abri um novo livro para leitura, "Estranhos no aquário", de Adriana Armony. Entre uma página e outra observo as pessoas que me acompanham na manhã. Um homem na minha frente lendo um jornal. Grupos conversando animadamente. Muitos trabalhando os dedos em seus celulares. Antes de chegar na Estação Mercado, uma última lida no conto "Maroca e Deolindo", de Andre Neves. É com ele que inicio mais um dia de Oficina na Paulinas P Alegre. Seria o terceiro grupo da Oficina "Encantos Literários: teoria e práticas em contação de histórias". Sempre um grande desafio. Muitos rostos vão chegando, vários conhecidos outros nem tanto. Começo a oficina com uma roda, uma canção. Sempre gosto de tornar o ambiente aconchegante. É incrível a mudança na fisionomia das pessoas depois de uma boa brincadeira, uma boa canção. E vem a contação de histórias. A história do amor junino de Maroca e Deolindo me encanta imensamente. Adoro contá-la e reencontrá-la em cada olhar de cada ouvinte que a escuta. E a oficina continua, com muitos debates, mais brincadeiras, algumas lembranças da infância, trabalhos em grupo e vários roteiros para auxiliar na contação de histórias. Termino a manhã novamente em roda, cantando e brincando. Depois vem o afeto, o abraço apertado dos participantes, as palavras carinhosas que mostram o trabalho bem realizado. Trabalho que junto com o prazer de fazer o que realmente é minha paixão. Meu marido Marlon chega para me acompanhar. Vamos almoçar comida japonesa, uma das minhas prediletas. Estou ansiosa. Mais tarde estarei assistindo a peça de teatro de uma das histórias que me acompanharam em toda a minha infância. Antes, comprar um presente para a sobrinha, que está de aniversário. Encontro minha mãe Marlene com minha afilhada Luíza na porta de uma das lojas do centro de Porto Alegre. Antes do teatro, uma casquinha com sorvete de baunilha. Ao subir a Rua da Ladeira que leva ao Teatro São Pedro a Luíza reclama um pouco pois também está ansiosa em chegar ao local. Ao entrar no teatro a Lu se encanta com as crianças que já estão sentadas e observa tudo no teatro. A peça "Pluft, o fantasminha" inicia com uma bela homenagem a autora Maria Clara Machado. Não pude conter algumas lágrimas insistentes que caíam no canto dos meus olhos. A história se inicia com João, Sebastião e Julião cantando a canção que tenho desde sempre na minha memória. Sorrimos, nos assustamos, a Lu até fechava os olhos em alguns momentos ainda desconfiada do fantasminha que tinha medo de gente. E no final, mais lágrimas, mais palmas. A Lu já super empolgada e feliz pela história assistida. Minha mãe também emocionada. Afinal era ela que colocava o LP com a história do Pluft para eu e meu irmão Rafael B Machado ouvirmos quando criança. Descemos a ladeira felizes e encontramos mais uma vez meu marido que está com os olhos lacrimejantes também. Ele optou por ver a exposição sobre Moacyr Scliar no Santander Cultural. Eu ainda não consegui ir, está na minha imensa lista de coisas imperdíveis para se fazer. Pegamos o Trem novamente. Agora o retorno para casa. E mais uma visita especial à família de Esteio para levar beijinho e presentes para a Sabrina que completou 4 anos. A Luíza já está com muito sono e pede para ir para casa. No carro, escutamos um cd do Foo Fighters. Deixamos minha mãe em casa. Ao chegar no apartamento coloco a Luíza na cama. Ela ainda murmura perguntando "O Pluft não é de verdade né dinda?", acho que ainda desconfiada desse fantasminha tão simpático. Eu preciso de um banho, morno, relaxante. Depois estar ao lado do meu amor, aconchegada no sofá olhando um bom filme... uma estrela no céu brilhou e a história de hoje terminou!
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