A árvore de cada um é aquilo que lhe convém. Pode ser com um tronco enorme, ou cheia de flores. Pode ter mangas suculentas. Pode até falar, se mover como se as raízes fossem suas pernas. A árvore de cada um pode ser o próprio corpo, o próprio pensamento, o próprio espírito. Penso como seria a minha árvore quando era criança. Acho que deve ter sido de algodão-doce. Mas também pode ter sido uma árvore dançarina, ou quem sabe, uma árvore de brinquedo. Penso como é minha árvore agora. Minha árvore deve ser enorme, pela quantidade de sonhos que há dentro dela. Deve ter livros, com certeza, pendurados em seus galhos. Não é uma árvore parada não. Suas raízes andam conforme o vento, às vezes para um lado, às vezes para outro. Minha árvore tem todas as minhas alegrias e minhas tristezas. As alegrias são como flores que embelezam a todo instante. As tristezas se perdem como folhas secas a voar. Não sabem onde pousar. Minha árvore deve ser tudo que sou, e também tudo o que serei.
(Palavras inspiradas no livro "A árvore", de Bartolomeu Campos de Queirós)
Nenhum comentário:
Postar um comentário