Queridos
escritores e escritoras de livros infantis
Andamos lendo alguns livros
ultimamente que são muito previsíveis e cheios de clichês, por isso escrevemos
esta carta com algumas dicas para seus próximos devaneios e futuros passeios
pelos livros infantis.
Quando escreverem lembrem-se
que já foram crianças e que não somos simples mini pessoas. Gostamos de muita
fantasia, aventura, emoção, paixão, medo e suspense nos contos, mas sempre com
alguma inovação.
Não tenham medo de escrever
sobre morte, separações, perdas e desafios. Nós passamos por muitos problemas
durante a nossa vida com nossos amigos, nossa família, nossos professores,
principalmente.
Pedimos também que não
fiquem colocando muitas palavras no diminutivo, como se não entendêssemos a
linguagem normal. Chega de vovózinha, corujinha, baratinha, entre outros “
inhos” que vocês inventam por aí.
Acreditamos também que as
histórias não precisam de lições de moral, apenas que despertem a nossa
curiosidade.
Esforcem-se para criarem
monstros, personagens inexistentes, fatos surpreendentes, palavras nunca
escutadas ou ditas.
Não se esqueçam de escreverem
textos com vários formatos, letras de tamanhos diferentes, rimas, conversas,
que prendam a nossa atenção do início ao fim.
Ah, principalmente escrevam histórias
que tenham aroma, sabor, alegria, tristeza, e que provoquem sensações inexplicáveis.
E como um toque final, sejam
exigentes quanto à ilustração, que deve sempre ir além do que está escrito.
Espero que tenham entendido
o nosso recado. Simples, mas não acabado, afinal, os livros continuarão a serem
publicados, tenham vocês lido este texto ou não.
Boas histórias a todos
vocês!
Meninos e Meninas do
Mundo Atual
Por Milene Machado
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